Outro dia me peguei andando por uma rua jamais vista por mim.
Comecei então a perceber eles... Me seguindo por todos os cantos, por onde quer que eu andasse.
Era constante, incessante, medonho.
Aquelas malditas coisinhas cheias de si por si só e nada mais não me deixavam em paz! Comecei a acelerar o passo, querendo simplesmente sair daquele lugar esquecido por Deus.
Finalmente saí daquela ruela estreita e vazia.
Mas, ao dobrar da esquina, lá estavam eles novamente! Incessantes e constantes!
Ser perseguido daquela maneira me corroeu por dentro.
Corri desesperado até meu carro, sendo perseguido constantemente por aquelas criaturinhas.
Entrei, liguei-o e acelerei. Estava fugindo. Não aguentava mais aquilo.
Entrei em minha casa assustado e suado. Fui até a cozinha e preparei uma xícara de café.
Adentrei em minha sala, já mais calmo e sentei-me em minha poltrona de cor bordo. Larguei a xícara de café na mesinha de centro, liguei o abajur e escolhi um livro de minha estante. Comecei a ler. Tentei esquecer.
Ao passar das horas, enquanto folhava aquele velho livro, comecei a percebê-los novamente. Fiquei tenso. Era o meu fim? O que eles pretendiam?
O tic-tac do relógio já estava alto, ricocheteando em minha mente. Parecia marteladas em minha cabeça. Meus olhos se moviam freneticamente em todas as direções, procurando por eles.
Aqueles malditos detalhes que eu não conseguia parar de prestar atenção!
Aaahhh... O som depois de um longo gole.
Gole este que mata as memórias e lembranças.
Aaahhh... O som do relaxar. Do esquecimento.
O som de alguém triste.
Triste por esquecer, e por lembrar. Triste por beber.
Alguém que esquece por beber e para beber.
Uma desculpa de quem bebe? Esquecer.
Lembrar a quem esquecer é doer. Lembrar a quem beber é sofrer.
Aaahhh... A bebida vil que torna os homens de boa memória em sofredores.
Sofredores estes que não encontram outra saída, senão a bebida.
Recorrer a tal é recorrer ao esquecimento. Ao vício.
Vício que destrói lembranças e memórias. Vício que te destrói.
Gole este que mata as memórias e lembranças.
Aaahhh... O som do relaxar. Do esquecimento.
O som de alguém triste.
Triste por esquecer, e por lembrar. Triste por beber.
Alguém que esquece por beber e para beber.
Uma desculpa de quem bebe? Esquecer.
Lembrar a quem esquecer é doer. Lembrar a quem beber é sofrer.
Aaahhh... A bebida vil que torna os homens de boa memória em sofredores.
Sofredores estes que não encontram outra saída, senão a bebida.
Recorrer a tal é recorrer ao esquecimento. Ao vício.
Vício que destrói lembranças e memórias. Vício que te destrói.