Eu gostaria de ser uma sombra
que sempre esta escondida
e ninguém percebe
mas quando não estou
todos sintam minha falta
eu penso assim
minha mente cria ilusões
para os demais a minha volta
e sem perceber
acabo me apeguando a certas pessoas
e no final
mesmo não querendo ser
acabo sendo o que sou...
mais que um amigo
sou um companheiro
um irmão
um conselheiro
uma pessoa que te faz sofrer ainda mais
por sua ausência
mas no final todos dizem:
"bom recomeçar
contar com você"
e eu nunca entendo isso
pra mim
é a mesma coisa que dizer:
"Eu te amo"
sem amar
dizer
"você é meu amigo"
quando sou apenas uma pedra em seu caminho
ou apenas dizer
"de nada"
quando se deve dizer
"obrigado"
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Se eu tivesse um coração
como seria ele?
negro como a escuridão?
como a próprima imagem diz
ou seria como uma rosa
com cheiro doce
uma bela imagem
mas negra por dentro
com seus espinhos avasaladores
que arrancam a esperança e fé dos fracos
seria eu então
com meu coração negro
tanto por dentro quanto por fora
um ceifador?
ou algum tipo de alma
que ainda ñ encontrou seu lugar
e nem seu propósito ainda na terra?
Em minha mente
a um quarto
com chão e teto de madeira
uma janela
cuja vista mostra a selva de pedra
com as pessoas dia após dia
caminhando e seguindo suas vidas
sem saber o que lhes aguardam na esquina
elas pensam ser livres
livres pra poder sorrir
livres pra poder buscar o que mais gostam de fazer
em um tempo indeterminado de suas vidas
Um mundo assim
seria perfeito aos olhos de um humano inocente
mas
aos olhos de alguém que como eu
um mundo assim
não existe
um mundo assim
é apenas veveno de nossa imaginação
a realidade do ser humano
é a corrupção,roubo,mentira,violencia
mas
a verdadeira realidade não é o que sofremos
ou o que acontece
e sim
que tudo o que nós fazemos
sem exeção
vai para algum lugar
algum lugar em nossas mentes
aonde nossa imaginação é livre
pra inventar,criar,recriar
e até mesmo abandonar a criação de algo
em sua mente
esse lugar pode ser
uma caixa,um quarto,uma casa
pode ser o que você quiser
em minha mente
é apenas uma estrada
de chão batido
com um campo em cada lado da estrada
com cercas de arame e madeira
e a frente da estrada
uma familia de montanhas
com um lago e uma floresta
e ao longo dessa estrada
minhas atitudes e pensamentos
rumam todas para o caminho que escolherem
mas a maioria
ruma para a familia de montanhas
pois lá mora um sábio
um sábio chamado
imaginação
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Vendedor de Balões:
Era uma vez um velho homem que vendia balões numa quermesse.
Evidentemente, o homem era um bom vendedor, pois deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.
Havia ali perto um menino negro.
Estava observando o vendedor e é claro apreciando os balões.
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco.
Todos foram subindo até sumirem de vista.
O menino, de olhar atento, seguia a cada um.
Ficava imaginando mil coisas...
Mas uma coisa o aborrecia, o homem não soltava o balão preto.
Então aproximou-se do vendedor e lhe perguntou:
- Moço, se o senhor soltasse o balão preto,
ele subiria tanto quanto os outros ?
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, arrebentou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:
- Não é a cor, filho,
É o que está dentro dele que o faz subir.
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A Raposa:
Existia um Lenhador viúvo que acordava às 6 da manhã e trabalhava o dia inteiro cortando lenha, e só parava quando o sol estava se pondo.
Ele tinha um filho, de poucos meses e uma raposa, sua amiga,
tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.
Todos os dias o lenhador ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho.
Todas as noites ao retornar do trabalho, a raposa ficava feliz com sua chegada.
Os vizinhos do Lenhador alertavam que a
Raposa era um animal selvagem, e portando, não era confiável.
Quando ela sentisse fome comeria a criança.
O Lenhador sempre retrucando com os vizinhos
falava que isso era uma grande bobagem.
A raposa era sua amiga e jamais faria isso.
Um dia o Lenhador muito exausto do trabalho e
muito cansado desses comentários ao chegar em casa
viu a Raposa sorrindo como sempre e sua boca totalmente ensanguentada...
O Lenhador suou frio e sem pensar duas vezes acertou o machado na cabeça da raposa...
Ao entrar no quarto desesperado,
encontrou seu filho no berço dormindo tranquilamente
e ao lado do berço uma cobra morta...
O Lenhador enterrou o Machado e a Raposa juntos.
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O mestre muito furioso,
dava um sermão em seu discípulo,
pois seu discípulo tentou matar seu melhor amigo,
porque em uma batalha das inumeras batalhas travadas juntas,
seu melhor amigo para salva-lo precisou matar a família de seu amigo,
e seu amigo não conseguiu se conter por ver seus entes morrerem por seu melhor amigo,
nisso, seu mestre consegue intervir na tentativa,
e o leva para um lugar distante para poder conversar
o mestre sempre dizia para ele que não se pode ser assim,
pois ele nunca iria evoluir
no meio da conversa o mestre diz:
"Eu sei a dor que você sente, somos iguais,
tanto eu quanto você ja perdemos pessoas que amamos
pelas mãos de pessoas que amamos,
e se escolhermos esse caminho, iremos perder tudo que nos restou!"
O discípulo mesmo com muita vergonha,
ainda não desistindo de tentar dizer que esta certo, retruca :
"Imagine se eu matasse todas as pessoas que o senhor ama mestre,
você iria ficar com ódio,e procuraria vingança!"
O mestre sorri e diz:
"pode até ser,mas tem um problema nisso...
todos que eu amo,ja foram mortos!"
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